My Happy Marriage – Episódio 2

Análise semanal pelo Dav. Contém spoilers.

Estamos de volta para a análise do episódio 2, desta vez, com a apresentação da opening e da ending, que por sinal, estão entre as melhores da temporada, sem qualquer tipo de dúvidas, mas falarei delas mais à frente. Este episódio foi consideravelmente mais calmo que o primeiro, mas introduziu-nos uma parte que aparenta ter um papel de extrema importância na história, os poderes sobrenaturais.

O episódio começa com um ato de imposição por parte de Kudou, algo que viria a ser explicado posteriormente no episódio, mas acreditando que seja importante contextualizar já, irei antecipar esta explicação.

Kudou desde o início pretende deixar claro a Miyo que na casa dele é ele que impõe as regras, pelo facto de que anteriormente se ter casado com diversas mulheres, e ser procurado por diversas famílias que apenas por interesse, em busca de riqueza e posição, o que naturalmente levou a que o mesmo adotasse uma atitude mais fria com Miyo. Miyo naturalmente aceita estas regras, sempre com o olhar rebaixado, sem a capacidade de o olhar nos olhos, uma demonstração clara de inferioridade, causada pela posição em que viveu a vida toda.

De seguida, entre inseguranças e pesadelos, descobrimos um pouco mais daquilo que é o passado de Miyo, ela pertence a uma família que tem habilidades sobrenaturais (neste caso, a capacidade de ver figuras grotescas, invisíveis ao olho do ser humano comum), mas pelo facto de ao contrário da sua irmã Kaya, não ter conseguido usá-las, foi discriminada pela família, que passou a olhar para ela como um fracasso ao contrário da sua irmã, recebendo apenas apoio de uma criada da família.

Na manhã seguinte a este fatídico pesadelo, Miyo sente que precisa ser útil na nova casa, decidindo por isso fazer o pequeno-almoço para o seu esposo, mas o efeito que provoca é exatamente o oposto, pois Kudou ainda não confia nela e acredita que a mesma o tentou envenenar.

Em sequência, é nos apresentada uma unidade especial que lida com figuras grotescas, uma unidade que tem como objetivo amplificar o poder sobrenatural dos seus integrantes, na qual Kudou é comandante. Descobrimos também que estes poderes são potenciáveis, residem dentro do espírito de cada um e que representam o poder do espírito de cada um (acredito que poderá ser uma forma de justificar o facto pelo qual Miyo ainda não conseguiu utilizar os seus poderes, o seu fraco espírito).

Também descobrimos que há uma grande variedade de tipos e que não vão contra as leis da natureza do mundo, sendo estes responsáveis por combater estas figuras grotescas.

Após o treino dos novatos, somos levados para o escritório de Kudou e nele conhecemos Yoshito Godou, um subordinado de Kudou que aparenta ter uma certa confiança com ele ao ponto de brincar com o seu estado de espírito naquele dia e as possíveis razões que o podiam ter levado a estar de mau humor.

Quando Yoshito abandona a sala, Kudou começa a refletir à cerca da atitude que tinha tido naquela manhã, muito pelo facto de Yurie ter defendido a protagonista, algo que não era normal por parte dela, levando-o a considerar que talvez tenha sido demasiado duro com Miyo.

Voltando a casa, Miyo recebe Kudo à porta e desculpa-se pela sua atitude ousada e jura-lhe que nunca colocaria veneno na comida de Kudo, sendo que este lhe diz que nunca desconfiou dela, apenas não tinha vontade de comer comida de um estranho (uma clara desculpa).

Na hora de jantar, Miyo recebe uma repreensão de Kudo por se estar sempre a desculpar mesmo em situações em que a mesma não tem culpa e o mesmo demonstra preocupação por ela não comer.

Quando esta se prontifica a preparar o banho, Kudo rejeita a ajuda porque seria desnecessário, pois teria que aquecer a água no lume e o seu poder sobrenatural conseguiria o fazer de forma mais eficaz (dando a entender que o mesmo tem algum poder relacionado com o fogo).

Após Kudo tomar banho, o mesmo se desculpa por ter rejeitado o pequeno-almoço que a mesma tinha feito, e influenciado pelas palavras de Yurie engana a Miyo, dizendo que ela chegaria mais tarde no dia seguinte, de forma a que esta lhe preparasse o pequeno-almoço, deixando a super feliz por se sentir útil e dizendo ainda que a mesma poderia aproveitar o facto da água ainda estar quente para tomar banho.

Envolto em mais um pesadelo, temos mais uma visão daquilo que é o passado de Miyo. Miyo que prezava muito aquilo que a sua mãe lhe deixara após a morte, descobre que alguns dos pertences dela teriam sido roubados pela família e acreditando que teria o apoio do seu pai, quando esta os confronta, é maltratada e castigada, na frente do seu pai, que nada faz.

A única pessoa que a tenta ajudar, a criada que anteriormente já lhe tinha dado apoio, é expulsa da casa quando confronta a família da Miyo devido ao castigo. Ao acordar, com uma aparência triste, Miyo questiona-se sobre o que seria feito de Hana (a criada que a defende) e deseja-lhe uma vida feliz.

No fim do episódio, numa cena idêntica à do começo, Kudou não rejeita comer o pequeno-almoço que Miyo preparara, levando a mesma a chorar de felicidade pois já não se lembrara da última vez que teria sido elogiada ou aceite.

Após o pequeno-almoço e enquanto se prepara para sair para o trabalho, Kudou pede a Yurei para a vigiar discretamente, pois suspeita que a mesma não tenha tido um tratamento típico de uma filha de uma família ilustre, pois a mesma é extremamente magra, veste trapos e tem uma atitude muito frágil, levando-o a suspeitar da família da mesma, uma vez que não há muitas linhagens com poderes sobrenaturais. No final, descobrimos ainda que o pai de Miyo tinha quebrado a promessa que fizera à família Tatsuishi (a família do rapaz que prometera a ajudar no primeiro episódio, e que neste voltou a reiterar o mesmo), de que Miyo seria oferecido a esta segunda família.

Como referi no início, aproveito este espaço final para falar um pouco sobre a opening e a ending, as duas são belíssimas, e embora não esbanjem na animação, ambas passam a sua mensagem de forma muito bonita.

A opening apresenta-nos a beleza do mundo, os designs, os cenários, a composição e o poder da iluminação combinam de forma perfeita, muito por mérito do seu diretor, Hiroe Keisuke. Como já referi na análise passada, a música é incrível e combina de forma perfeita com os visuais da mesma.

Por fim a ending tem uma visão mais artística, uma verdadeira obra de arte por parte de Ayaka Tsuji, que representa muito bem o sentimento de rotina, visto por exemplo com o passar das estações presentes na obra e um certo sentimento de paz que Miyo finalmente poderá sentir.

Aqui dou por terminada a minha análise, volto para a semana para continuar a acompanhar a rotina de Miyo e de Kudou.